terça-feira, 10 de novembro de 2015

Manoela, Cláudia, Vanessa...



 














Costumavas me olhar admirado

Aparecias com frequência mais que estranha

Assumindo-me com mulher sem minha permissão

Procurando em mim algo que te faltava

Mas, os dias se passaram

E eu já não tenho mais nada de novo para te oferecer

Então, por que me procuras?

Por que ainda insistes?

Seria melhor pagar um programa

Servir-te noutros belos corpos

Lambuzar-te de fluidos, sem beijar

Satisfazer-te sem risco, nem compromisso

Para que não sintas o meu ranço

Nem o nojo que vem do gozo

Da pessoa que pensas que não te ama

Fujas de fingir que gostas

Contando os minutos para saíres da cama

Deixando para trás a minha carne usada

Vermelha, trêmula e suada

Procurando água para te banhares

E pasta de dente para aliviares

O gosto do fio de saliva que restou de meu beijo

Melhor é tu passares para o outro lado

Não repartas o pão com mais ninguém

Coma do que é dos outros

Esqueça essa carne que te provém

Mas, se é disto que tu gostas

Da perversão que é minha profissão

Da mistura de odores de meu cheiro

Da carne amaciada e cansada

Por satisfazer tantos esfomeados iguais a ti

Então venha e te entrega

Encha tua boca com minha volúpia

Toma posse sempre que possa

Reconquista essa terra usurpada

O paraíso úmido do meu ventre

Assume como tua essa puta

E deixa para os outros a dúvida

Do que eu faço de tão especial

Para abrires mão da posse e do ciúme

Compartilhando com tantos outros o que é teu

Mas, sendo feliz como mais ninguém



Imagem:www.aegis-education.com

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