segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Alternância de Poder


Findada mais uma eleição presidencial e decretada a vitória massacrante do PT. Vitória de Lula, de Dilma, de Dirceu, de Sarney, de Collor e de Tiririca. O que ficou marcada, nessas eleições, foi a inexistência de alternativa. Serra não se mostrou alternativa e sim alternância. O projeto do PSDB, assim como o do PT é de centrão. Apóiam tudo que for bom para ter mais voto.

Se for para apoiar a não privatização da Petrobras, pois isso angaria votos, eles (PT e PSDB) apóiam. Se for para criminalizar o aborto, por que isso agrada a Igreja Católica, eles defendem. Se for para defender uma política verde, mesmo sem saber como se aplica, mas que traga os votos do PV, eles novamente o fazem. Se for para lascar o pau no Capital, mesmo que hipocritamente, mas que aparenta um nacionalismo barato e arrecadador de votos, eles quebram o barraco. Então, qual é a alternativa? Apostei na alternância de poder, mas ela não aconteceu.

Alternância de poder é a saída do cidadão que não tem saída. Já que está tudo igual, deixe-me ao menos revezar o poder para evitar excessos. Excessos que todos conhecem e fingem não conhecer, pois deles, de alguma forma, são beneficiados, sejam tucanos ou petistas. Alternância significa aceitar que todo mundo roube um pouco de cada vez e não que apenas um roube muito o tempo todo. Alternância é mais ou menos o que acontece na piada que escutei nos últimos dias:

Na delegacia, chega um acusado de ter roubado um relógio. O delegado, mira nos olhos do suposto ladrão e diz:
- Carcereiro! Come o rabo desse aqui e depois joga na cela mais imunda que temos.
O suposto ladrão, indignado, fica aos prantos reclamando do futuro tratamento que receberá na mão do carcereiro, quando chega um suspeito de roubar uma televisão. O delegado, mais uma vez, mira nos olhos do segundo suspeito e diz:
- Carcereiro! Quebra as pernas desse aqui, pendura no pau-de-arara e deixa secando ao sol.
O primeiro suposto ladrão fica maluco e reclama:
- Como é que pode? Onde vão parar com isso?
Chega outro suspeito de ter roubado um carro. Outra vez, o delegado, implacável, mira nos olhos do suspeito e diz:
- Carcereiro! Quebra as pernas e os braços desse meliante aqui, pendura no pau-de-arara e aplica 3000 w nos testículos.
Nesse momento, sem reclamar mais de nada, o primeiro suspeito fala para o carcereiro:
- Ei carcereiro, eu sou o do rabo, viu? Não vai esquecer!

Apostando na alternância, nos últimos dias, estava olhando para Serra (na TV) e pensando: ei Serra eu sou o do rabo, viu?

Um comentário:

Alice Senna disse...

Gostei!! Concordo com sua postagem! Bjs

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