terça-feira, 14 de abril de 2009

Altos e baixos do Rio

Quase dez dias sem atualizar o blog. Um absurdo! Peço desculpas aos meus infindáveis leitores, mas é que nesta Páscoa me refugiei na Cidade Maravilhosa. Sendo assim, em homenagem ao Rio de Janeiro, relatarei as minhas impressões sobre a cidade que é considerada o cartão postal brasileiro. Como sua geografia é de altos – alguns pontos muito altos – e baixos, farei uma narrativa dos pontos altos e baixos do Rio.

P. Baixo: a primeira visão do Rio é da janela do avião, onde só se vê enormes favelas ou bairros muito desestruturados, além de braços de mar totalmente poluídos e manguezais destruídos.


P. Baixo: ao desembarcar, já na saída do desembarque, uma mulher que esperavam “não-sei-quem” olhou e disse: acho que esse avião veio do Nordeste. Tá cheio de gente com cara de nordestino.
Fiquei imaginando qual é a cara do carioca. Será que é a do Martinho da Vila, do Zeca Pagodinho ou a do Garotinho? Bem, é melhor deixar prá lá.
P. Baixo: ao procurar e encontrar um posto de informações turísticas o mesmo estava fechado.


P. Baixo: ao me informar do por que que o posto estava fechado a resposta que recebi foi: é feriado.


P. Alto: o ônibus que nos levou à Copacabana tinha ar-condicionado e custou apenas 7 reais. A taxi custaria 50 reais.


P. Alto: a vista do hotel para a praia de Copacabana, com o Pão de Açúcar por trás.


P. Baixo: o hotel que diz ser de cinco estrelas é facilmente batido por qualquer um Ibis da vida. O quarto antigo e no banheiro: bidê e chuveiro dentro de uma banheira apertadíssima.


P. Baixo: a fila e os preços discriminatórios para visitação ao Pão de Açúcar. Carioca tem fila exclusiva e paga 22 reais. O resto, fila única e paga 44 reais.


P. Alto: o Pão de Açúcar é lindo demais. A visão é espetacular. O teleférico é novinho. 10!


P. Alto ou P. Baixo (a depender de seu humo): a malandragem do carioca. Todos querem te mostrar como eles são os melhores, os bacanas. Ex. são os guias turísticos que ficam no seu calcanhar te oferecendo inúmeras vantagens que, na ponta do lápis, não são tão vantajosas assim. Mas, como experiência, tudo bem.


P. Baixo: olhar o Cristo Redentor, subir até lá e, quando chegar aos seus pés, ele estar completamente nublado.


P. Alto: mesmo assim, estar junto ao Cristo Redentor, é um momento impar. Obs.: entre uma nuvem e outra, deu para tirar umas fotos.


P. Baixo: desorganização do transporte que leva ao Cristo Redentor.


P. Alto: preço da corrida de taxi, se comparado com o de Salvador.


P. Alto: uma mariscada deliciosa no Restaurante Mangue Seco, em frente ao Riocenarium, perto da Lapa.


P. Baixo: degradação/depauperação/decadência do comércio do lago da Lapa. Muitos vendedores ambulantes com isopores fajutos, vendendo cerveja e cachorro quente nas calçadas imundas. Recife Antigo dá de 10 a 0.


P. Alto: entrar num boteco da Lapa e ser premiado com um samba fundo de quintal fenomenal.


P. Alto: utilizar o sistema de transporte público do Rio, principalmente o Metrô. Obs.: no feriado.


P. Alto: vestir um tênis e passar a manhã toda explorando o Jardim Botânico.


P. Alto: tomar café da manhã numas das inúmeras lanchonetes de esquinas em Copacabana.


P. Alto: passear na Lagoa Rodrigo de Freitas, a pé ou de bicicleta.


P. Baixo: poluição das praias do Leblon, Ipanema e Copacabana.


P. Alto: saber que a Garota de Ipanema não chega nem aos pés da Garota da Borborema.


P. Alto: quantidade de policiais nas ruas.


P. Baixo: mesmo assim, ter que ficar com um olho no peixe e outro no gato.


P. Alto: passear a pé ou de bicicleta na pista interditada, no dia de domingo, nas praias do Leblon, Ipanema e Copacabana.


P. Alto: tomar um chope na barraca O Globo, em Copacabana, e descobri que o garçom é paraibano de Ingá.


P. Alto: descobrir que a sobrinha do garçom também é paraibana, de Campina Grande, torce pelo Flamengo e te dá toda a dica para assistir ao FLA x FLU, na semifinal do Campeonato Carioca.


P. Alto: fechar a viagem ao Rio indo ao Maracanã para assistir a um FLA x FLU.


P. Alto: limpeza e segurança do Maracanã.


P. Baixo (por um bom motivo): só vendiam cerveja sem álcool.


P. Altíssimo: ver o FLA ganhando.



Foto: http://oglobo.globo.com/blogs/arquivos/RIO%20DE%20JANEIRO.jpg

2 comentários:

Alice Senna disse...

O Rio é uma maravilha! Lindo demais. Isso não significa ser o lugar mais lindo. Mas, é lindo! O contraste dos pontos altos com os baixos só demonstra que ainda não existe perfeição, ne? rs. Os pontos baixos estimulam o excercício do julgamento e da crítica para que melhorias possam, um dia, chegar. E os altos... puro deleite!! rs. Bjs

Jorge Amaral disse...

Como eu sei que você aprecia "fatos e dados" fiz a estatística: 37% de avaliação negativa x 63% de avaliação positiva e isso sem contar o top de linha "altíssimo" que deve puxar para uma avaliação geral de algo em torno de 70% de satisfação. O retorno do investimento está amplamente validado!...

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