quarta-feira, 22 de julho de 2009

Benchmark

Existe uma técnica, procedimento ou ferramenta gerencial no campo da Administracao que se chama benchmark e que se pode traduzir como “a melhor prática”. Consiste em criar uma bateria de indicadores procedimentais ou de resultado que permitam comparar o mesmo fenômeno, só que produzido por diferentes organizacoes. Desta maneira, copia-se o procedimento daquela organizacao que consegue produzir os melhores resultados.
Numa viagem internacional é imposivel nao fazer comparacoes com o seu país. As pessoas, os costumes, as casas, a comida, a propaganda… tudo se transforma em alvo de comparacao. Logo vamos percebendo tipos e padroes e, com eles, fazendo as devidas comparacoes com os padroes que conhecemos. Inevitavelmente surgem os comentários e as exclamacoes:
- No Brasil é melhor!
- Aqui, até os cachorros sao educados!
- Isso nao daria certo no Brasil!
- Olha. Os homens daqui dao bejinhos ao se cumprimentarem!
Quando sai do Brasil à Argentina, elegi dois indicadores para serem os meus guias de benchmark: os carros e a comida. Outros indicadores foram surgindo ao longo da viagem, frutos de observacoes e de comentários alheios.
Elegi os carros por já ter escutado comentários que eram muito velhos. De fato, os carros na Argentina sao pré-históricos. No princípio, imaginei que era por hábito cultural de valorizacao do antigo, mas, depois, fiquei sabendo que é por forca econômica. Aqui, na Argentina, nao existe crédio para o consumo como existe no Brasil. Ou se compra à vista o carro ou, simplesmente, nao se compra. O mesmo vale para máquina de lavar e outro bens de consumo que costumamos, no Brasil, parcelar em milhoes de vezes. Apesar das reclamacoes canarinhas, isso faz uma diferenca enorme. A frota de veículos argentina é péssima. Os carros sao literalmente sucatas ambulantes. Como todo canto, existem excessoes.
O meu outro foco de comparacoes foi a comida. Já sai do Brasil com fome, na expectativa de comer uma das melhores carnes do mundo. A Argentina, como o Sul do Brasil, é conhecida pelo rebanho de gado e a famosa “parrilla”, ou churrasco. Nesse quesito, nao poupei e fui à melhor churrascaria de Buenos Aires para experimentar. De fato é muito bom. A carne é extremamente macia. Apenas tem uma sutil diferenca que, para mim, foi enorme. Nossos hermanos praticamente nao colocam condimentos. A carne parece que vai ao foco sem nada. Como a carne é muito boa, nao tem como sair errado. Uma coisa extranha é que no seu pedido só vem carne. Por exemplo: voce pede um bife de chorizo e vem apenas o bife de chorizo, sem nehum acompanhamento. Coisas da Argentina.
Vi outras diferencas, mas essas só falando pessoalmente…

Até a volta…
Ps.: teclado argentino

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