sábado, 26 de dezembro de 2009

Perspectivas 2010

Mais um ano se passou... E como passou rápido! É chagado o fim de 2009. Ano que se iniciou numa forte turbulência econômica, com complicações pelo alarde da gripe suína, mas que se encerra com perspectivas extremamente positivas para 2010.

Recebi, de duas fontes fidedignas, relatórios com sobre o desempenho de 2009 e as perspectivas econômicas para o próximo ano. Apesar de nunca ter escrito sobre economia, tratarei de resumir aqui esses dois relatórios. Acredito que essa é uma informação oportuna.

Inflação

A crise econômica internacional teve um caráter deflacionário para a economia brasileira. Os preços industriais foram contidos pela valorização cambial e queda da demanda. O resultado é que o IPCA deverá ficar, em 2009, em 4,3% a.a., abaixo da meta.

Para 2010, as previsões são que a inflação fique em torno da meta (4,5% a.a.). Alguns fatores podem provocar o aumento da inflação, como: crescimento da economia; aumento excessivo dos salários; aumento dos gastos dos governos; elevação da perspectiva de crescimento e dos preços. Para esses fatores, deve-se ter maior atenção.

Crédito

Como a crise econômica internacional foi uma crise de crédito e este se deteriorou pelo mundo e também aqui no Brasil. Em 2009, os bancos privados simplesmente deixaram de financiar, sendo substituídos pelos bancos públicos (BNDES, Caixa, Banco do Brasil...).
Entretanto, já há sinais de retorno do crédito pelos bancos privados e, para 2010, a perspectiva é de retomada do crédito às empresas e queda do spread.

Juros

A crise e seus impactos na economia fizeram com que o hiato do PIB (diferença entre o PIB real e o PIB potencial) ficasse muito negativo e houvesse uma retração dos preços, produzindo, ao longo de 2009, uma das maiores reduções da taxa de juros, em termos relativos, de nossa curta história de política de juros. A taxa nominal de juros caiu 5 pontos percentuais, estacionando em 8,75% a.a. A taxa real, descontada a inflação, ficou em 5,0% a.a.

Para 2010 a perspectiva é que, se mantida a inflação nos patamares da meta, a Selic ficará em 8,75% a.a. No pior dos cenários, considerando uma elevação das expectativas de inflação para 2011, a taxa de juros alcance, no final de 2010, 10% a.a.

PIB

O ano de 2009 foi marcado com uma recessão no primeiro trimestre e uma retomada do crescimento a partir do segundo trimestre. Apesar da recuperação, o ano fecha com um crescimento nulo no PIB. A indústria foi o setor mais afetado pela crise. Produção industrial recuou 19,2% no último trimestre de 2008 e, apesar de recuperação em 2009, ainda está 6,6% inferior ao nível pré-crise.

Em 2010, o crescimento do PIB projetado está na casa de 5% a 5,5%, perto de seu potencial. A atividade industrial deverá crescer 7%, no próximo ano.

Emprego e Consumo

A taxa de desemprego (IPEA) que em 2007 era de 9,3%, caiu para 7,9% em 2008 e subiu para 8,1% em 2009. Para 2010, projeta-se um desemprego de 7,6%.

O desemprego está diretamente relacionado com o consumo, considerado o motor da economia brasileira, uma vez que corresponde a 60% do PIB. Há um consenso que a crise não foi pior por causa da manutenção do consumo das famílias. O consumo será o principal propulsor da economia em 2010, devendo crescer também na casa de 5%.

Entre a futurologia e a economia, devemos nos manter atentos ao longo do ano de 2010, aproveitando as oportunidades de investimento e correndo do perigo, quando for preciso.

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